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O que é o Contrato de Media for Equity — e como essa alternativa pode acelerar sua startup sem prejuízo ao caixa

  • Foto do escritor: João Mayer Advocacia
    João Mayer Advocacia
  • 30 de out.
  • 2 min de leitura

Toda startup conhece o dilema: crescer rápido exige marketing e marketing custa dinheiro. Contudo, existe um caminho em que a mídia entra como parceira, não como despesa? Esse é a premissa principal do Media for Equity: um acordo em que influenciadores ou marcas com grande poder de divulgação fornecem espaço publicitário em troca de participação societária na startup.


A ideia é obter alcance sem que isso impacte ou gere déficit no caixa da empresa: a contraprestação é parte do capital, ou seja, do equity e a liquidez do parceiro pode ser realizada nas rodadas de investimento da empresa, por exemplo.


Contudo, existem aspectos que precisam ser observados para que esse modelo não se torne uma "dor de cabeça" futura. O desenho do acordo, por exemplo, deve contemplar, de forma objetiva, a metodologia de mensuração dos resultados (KPIs), prazos, mecanismos de ajuste ou rescisão do contrato e os efeitos no cap table.


Quais pontos precisam ser explorados na implementação do Media For Equity


Nem toda visibilidade é boa visibilidade. E nem toda participação cedida é barata. Os principais riscos que você precisa mapear:


  • Diluição e valuation: a participação cedida depende do valuation acordado. Certifique-se de entender como esse valuation foi calculado e seu impacto no cap table hoje e nas próximas rodadas.


  • Medir performance: defina KPIs auditáveis e regras de "recalibração".


  • Direitos do parceiro: cláusulas de governança, veto, assento no conselho ou preferência em futuras rodadas podem comprometer o controle. Avalie com cuidado.


  • Exclusividade: é necessário avaliar as cláusulas que impedem sua empresa de trabalhar com outras mídias.


  • Cláusulas ocultas: obrigações comerciais, garantias, penalidades por desempenho e mecanismos de clawback (devolução de equity caso metas não sejam cumpridas) precisam estar claros.


  • Compatibilidade de marca: exposição em ambientes desalinhados pode afetar percepção e conversão — nem toda mídia “grande” é boa para o seu público.


Para ilustrar, imagine uma proposta que ofereça R$ 1.000.000 (um milhão de reais) em mídia por 3% (três por cento) do capital. A negociação razoável não se prende apenas ao valor nominal, mas às condições de entrega, ou seja, quais canais, quais formatos, horários, segmentação e os mecanismos que assegurem que essa exposição efetivamente gere aquisição qualificada e não apenas alcance bruto.


Em resumo, o Media for Equity pode ser instrumento eficaz para acelerar tração sem desembolso imediato, desde que o acordo seja estruturado de modo a transformar exposição em resultados mensuráveis e a preservar os direitos fundamentais da empresa. Recomenda-se análise contratual especializada antes de qualquer assinatura, com especial atenção aos efeitos no cap table, aos mecanismos de aferição de performance e às cláusulas de governança e venda futura do equity recebido.


Quer explorar como o media for equity pode transformar o futuro do seu negócio? Entre em contato conosco pelo botão do whatsapp e descubra as melhores práticas para implementar essa estratégia na sua empresa!

 
 
 

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